Candidatura contestada à reeleição no COB gera polêmica e preocupa atletas e oposição, Ministério do Esporte é pressionado

Em meio à disputa pela presidência do Comitê Olímpico do Brasil (COB), o cenário se torna cada vez mais tenso com a candidatura à reeleição do atual presidente, Paulo Wanderley, sendo contestada por atletas, oposição e até mesmo pela ex-jogadora de basquete Hortência Marcari. A falta de posicionamento do ministro do Esporte, André Fufuca, em relação a essa questão tem gerado questionamentos e cobranças.

Wanderley assumiu a presidência do COB em 2017, após a renúncia de Carlos Arthur Nuzman, em meio a investigações de corrupção. Sua primeira eleição foi em 2020 e, recentemente, inscreveu sua candidatura para um segundo mandato, mesmo enfrentando resistência de diversas associações de atletas olímpicos, como a Cacob.

A candidatura de Wanderley é contestada por violar o estatuto do COB, além de infringir leis esportivas, podendo acarretar na suspensão do repasse de recursos federais à entidade. Apesar disso, o atual presidente se respalda em um parecer jurídico favorável à sua candidatura encomendado pelo COB, argumentando que, por ter assumido em um mandato tampão, ainda teria direito a se reeleger.

O Ministério do Esporte afirmou estar analisando o caso e emitirá um posicionamento público em breve. Porém, pareceres indicam que a possível reeleição de Wanderley pode resultar no bloqueio de financiamento público ao COB, incluindo recursos provenientes de apostas esportivas.

Hortência, que também é conselheira do Pacto pelo Esporte, expressou preocupação com a falta de resposta do Ministério do Esporte e a necessidade de uma decisão antes das eleições. A ex-jogadora espera que os atletas votem contra a reeleição de Wanderley, favorecendo a candidatura da oposição.

Além disso, Hortência ressaltou a falta de profissionalização na gestão esportiva brasileira, citando o basquete como exemplo. Apesar do histórico de conquistas no esporte, a falta de uma gestão adequada tem impedido o país de obter melhores resultados nas competições internacionais.

As eleições para a presidência do COB prometem ser marcadas por intensos debates e posicionamentos divergentes, que podem impactar não apenas a entidade, mas também a gestão esportiva no Brasil como um todo.

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