Wanderley assumiu a presidência do COB em 2017, após a renúncia de Carlos Arthur Nuzman, em meio a investigações de corrupção. Sua primeira eleição foi em 2020 e, recentemente, inscreveu sua candidatura para um segundo mandato, mesmo enfrentando resistência de diversas associações de atletas olímpicos, como a Cacob.
A candidatura de Wanderley é contestada por violar o estatuto do COB, além de infringir leis esportivas, podendo acarretar na suspensão do repasse de recursos federais à entidade. Apesar disso, o atual presidente se respalda em um parecer jurídico favorável à sua candidatura encomendado pelo COB, argumentando que, por ter assumido em um mandato tampão, ainda teria direito a se reeleger.
O Ministério do Esporte afirmou estar analisando o caso e emitirá um posicionamento público em breve. Porém, pareceres indicam que a possível reeleição de Wanderley pode resultar no bloqueio de financiamento público ao COB, incluindo recursos provenientes de apostas esportivas.
Hortência, que também é conselheira do Pacto pelo Esporte, expressou preocupação com a falta de resposta do Ministério do Esporte e a necessidade de uma decisão antes das eleições. A ex-jogadora espera que os atletas votem contra a reeleição de Wanderley, favorecendo a candidatura da oposição.
Além disso, Hortência ressaltou a falta de profissionalização na gestão esportiva brasileira, citando o basquete como exemplo. Apesar do histórico de conquistas no esporte, a falta de uma gestão adequada tem impedido o país de obter melhores resultados nas competições internacionais.
As eleições para a presidência do COB prometem ser marcadas por intensos debates e posicionamentos divergentes, que podem impactar não apenas a entidade, mas também a gestão esportiva no Brasil como um todo.