Essa estratégia tem sido articulada por emissários como Filipe Sabará, responsável pelo plano de governo de Marçal, que têm mantido diálogos intensos com parlamentares e dirigentes políticos ligados a Jair Bolsonaro, do PL. A ideia por trás dessas negociações é garantir o apoio de grandes estrelas bolsonaristas à candidatura de Marçal, em detrimento do candidato à reeleição Ricardo Nunes, do MDB.
Os argumentos a favor da adesão a Marçal são variados. Um deles é a possibilidade de a direita assumir o controle de São Paulo sem depender de políticos do centrão, como Valdemar Costa Neto, ou do MDB, partido de Ricardo Nunes. Além disso, Marçal não tem interesse em disputar cargos no Parlamento, o que afasta o risco de ofuscar a candidatura de Eduardo Bolsonaro ao Senado em 2026.
Embora haja o temor de que Marçal se candidate à presidência em 2026, o ex-coach tem afirmado que não o fará caso Bolsonaro também esteja na disputa. Essa postura causou surpresa ao enfrentar a família Bolsonaro, que inicialmente atacou Marçal, mas recuou diante da pressão de seus seguidores nas redes sociais, que manifestaram apoio ao empresário.
É importante ressaltar que essa mudança de postura da família Bolsonaro é inédita, já que ataques anteriores a outros políticos de direita resultaram em consequências. A semana também foi marcada pela abertura da exposição “Acepipes”, com os cartunistas Estela May e João Montanaro, em São Paulo.
Diante desse cenário, a movimentação dos bastidores políticos em São Paulo promete intensificar-se nas próximas semanas, com desdobramentos que podem impactar diretamente o resultado das eleições na capital paulista.
