De acordo com dados do Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea), os resíduos gerados nas cidades correspondem a uma emissão de 150 milhões de toneladas de gás carbônico no país, incluindo o descarte inadequado de embalagens. Nesse contexto, a campanha ressalta a importância do descarte adequado e o impacto positivo que isso gera no trabalho dos catadores.
Com a segunda fase da campanha, um vídeo educativo foi produzido pelas organizações envolvidas, buscando explicar de forma didática a importância do descarte consciente de embalagens consumidas fora de casa. Durante um mês, o Aeroporto de Brasília exibirá o material nas telas das esteiras de bagagem, em uma ação alusiva ao Junho Verde. O vídeo também está disponível nos canais digitais do ministério, das associações e no site oficial da campanha.
O Secretário Nacional do Meio Ambiente Urbano e da Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Adalberto Maluf, enfatiza que a campanha visa informar os consumidores sobre o descarte adequado e conscientizá-los sobre a inclusão socioprodutiva dos catadores. Segundo ele, a ação integrada é fundamental para uma revolução sustentável.
Com quase 1 milhão de catadores atuando no Brasil, a Ancat defende o papel crucial desses profissionais na reciclagem, não só pela coleta e separação de resíduos, mas também pelo seu engajamento na conscientização ambiental. Além disso, a indústria de bebidas não-alcoólicas também se destaca na luta pela reciclagem, com a ampliação do reaproveitamento das embalagens. A Abir revela que 100% das latas de alumínio e 57% das garrafas PET são recicladas, assim como as embalagens de vidro que são retornáveis. Empresas do setor estão trabalhando com garrafas feitas de 100% de plástico reciclável.
Para o presidente da Abir, Victor Bicca, a campanha representa um motivo de orgulho para o setor, pois está alinhada com o compromisso de informar, inovar e ampliar o portfólio de reciclagem. A importância da campanha também é destacada por Roberto Rocha, da Ancat, que acredita no diálogo entre sociedade, governo, indústria e catadores como forma de impulsionar a reciclagem e a economia circular.