Busca por repelentes atinge maior nível dos últimos 5 anos no Brasil e preços dispararam, revela levantamento.

A busca por repelentes atingiu o maior nível dos últimos 5 anos no Brasil, de acordo com dados da Afya, empresa que compara preços de medicamentos e produtos farmacêuticos. Esse aumento na procura resultou também em um acréscimo nos preços, conforme levantamento da Fundação Procon-SP que mostrou um aumento de 15,78% em média, com variações de até 84,19% para o mesmo produto em diferentes estabelecimentos, entre dezembro de 2023 e fevereiro de 2024.

Farmácias como Drogasil e Drogaria Fernandes relataram um crescimento na procura por repelentes de mais de 60% em comparação com o final do ano passado. Os produtos mais vendidos foram os repelentes das marcas SBP e Xô, que contêm icaridina em sua composição. Essa substância é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como eficaz na prevenção contra insetos.

Na Drogaria Coop, o aumento na procura por repelentes, principalmente os que possuem icaridina, foi de 350% somente em fevereiro. O gerente de Compras de Não Medicamentos, Caetano Sampaio, afirmou que a Coop está negociando com algumas indústrias para evitar aumentos de preço e manter os estoques.

A diretora do Procon Santo André, Doroti Cavalini, alertou os consumidores para pesquisar e comparar preços, evitando possíveis cobranças abusivas. Ela ressaltou a importância de denunciar práticas abusivas de preços, principalmente em questões de saúde pública.

A médica infectologista do Hospital Brasil Santo André, Andrea Marques, enfatizou a importância da aplicação correta do repelente para prevenir o Aedes aegypti, alertando que o produto deve ser reaplicado a cada duas horas para garantir eficácia. Marques também orientou sobre os cuidados ao escolher um repelente, considerando possíveis irritações na pele e a necessidade de produtos específicos para crianças menores de 2 anos.

Os dados de janeiro e fevereiro mostraram um aumento significativo nos casos de dengue em cinco cidades do ABC, somando 1.485 casos, um aumento de 1.667% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esses números reforçam a importância do uso de repelentes e da conscientização sobre a prevenção contra doenças transmitidas por mosquitos.

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