A sua maior marca na história política do país foi a Campanha da Legalidade, em 1961, quando, diante do veto das Forças Armadas à posse de João Goulart como presidente, Brizola liderou uma reação armada em Porto Alegre, garantindo a posse do vice-presidente e impedindo um golpe de Estado. Documentos guardados no Arquivo do Senado confirmam o papel central de Brizola nesse episódio histórico.
Ao longo de sua carreira política, Brizola enfrentou desafios e oposições, tanto durante a ditadura militar quanto em períodos de eleições democráticas. Sua visão nacionalista e seu compromisso com políticas sociais radicais, como a reforma agrária, o tornaram uma figura controversa, mas também admirada por muitos.
No cenário eleitoral, Brizola foi candidato à Presidência em duas ocasiões e também concorreu como vice-presidente. Sua atuação na vida pública brasileira o tornou um protagonista importante no debate político, disputando espaço com outros líderes da esquerda, como Luiz Inácio Lula da Silva.
Após o fim da ditadura, Brizola conseguiu retornar ao Brasil em 1979, mas enfrentou obstáculos para reconstruir sua trajetória política. A criação do PDT, seu partido político, foi uma forma de superar as barreiras impostas pela ditadura e manter vivo o seu projeto político.
Em 2015, o Senado e a Câmara aprovaram um projeto de lei que reconheceu Brizola como herói nacional, incluindo-o no “Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria”. Seu legado continua presente na memória dos brasileiros, como um exemplo de político engajado, defensor da democracia e dos direitos sociais.
Com seu jeito combativo e sua postura firme, Leonel Brizola deixou uma marca indelével na história política do Brasil, inspirando gerações e demonstrando que é possível lutar por um país mais justo e igualitário.
