A equipe de brigadistas, contratados temporariamente pelo PrevFogo, braço do Ibama, para prevenção e controle de incêndios florestais, enfrentava incertezas sobre seu futuro profissional, já que o trabalho era temporário e durava apenas seis meses. No entanto, a motivação dos brigadistas contrastava com essa incerteza, especialmente impulsionada pela tradicional distribuição de tereré antes e depois dos combates.
Durante a semana de cobertura jornalística, foi possível acompanhar de perto o árduo trabalho dos brigadistas. Eles abriam caminhos no mato, carregavam equipamentos pesados, enfrentavam espinheiros e horas de rodovias de terra em busca dos focos de incêndio. Muitos deles já tinham experiência em temporadas anteriores, inclusive em 2020, quando o Pantanal foi devastado pelos piores incêndios já registrados na região.
A dificuldade no deslocamento se mostrava como um dos maiores desafios no combate às chamas. Viaturas atoladas, bancos de areia submersos e problemas de comunicação eram apenas algumas das adversidades enfrentadas pela equipe. A urgência na resposta aos incêndios era evidente, com governos acelerando o envio de agentes, aviões e helicópteros para a região.
A incerteza sobre a duração e intensidade dos incêndios era compartilhada pelos agentes, funcionários de fazendas e moradores locais. O deslocamento em viagens modorrentas de barco e paciência testada em estradas de terra refletiam a árdua realidade do combate aos incêndios no Pantanal. O perigo representado pela fumaça e fogo se aproximava cada vez mais da cidade, reforçando a importância do trabalho das equipes de brigadistas na região.
