A vitória de Filipe mantém a hegemonia do Brasil no surfe mundial, com sete títulos nas últimas nove edições. Desde 2014, quando Gabriel Medina se tornou o primeiro campeão mundial brasileiro, o país dominou a competição, com exceção dos anos de 2016 e 2017. Além de Medina, outros brasileiros já conquistaram o título, como Adriano de Souza (Mineirinho) e Ítalo Ferreira.
O WSL Finals reuniu os cinco melhores surfistas da temporada, incluindo dois brasileiros: Filipe Toledo e João Chianca, conhecido como Chumbinho. Como chegou na liderança do ranking, Filipe avançou diretamente para a final, enquanto Chumbinho precisou disputar as baterias preliminares. O carioca estreou vencendo o australiano Jack Robinson, mas foi eliminado por Ethan Ewing nas semifinais, terminando a temporada em quarto lugar.
Na primeira bateria da final, Filipe e Ewing protagonizaram uma disputa acirrada, com notas elevadas. Com duas manobras aéreas perfeitas, o brasileiro conseguiu uma somatória de 17.97, um pouco superior aos 17.23 do australiano, garantindo a vitória parcial. Na segunda bateria, a falta de ondas dificultou a vida dos surfistas, mas Filipe conseguiu pontuar o suficiente para ser campeão, com uma somatória de 14.27 contra os 12.37 de Ewing.
No feminino, o título do WSL Finals ficou com a norte-americana Caroline Marks, que superou a havaiana Carissa Moore, pentacampeã mundial. A brasileira Tatiana Weston-Webb, única representante do país na elite do surfe atualmente, finalizou a temporada na oitava posição.
Para Filipe Toledo, a conquista no WSL Finals representa mais do que um bicampeonato, é também uma confirmação de sua vaga nas Olimpíadas de 2024, em Paris. Além dele, João Chianca também está classificado entre os homens. Há ainda a possibilidade de uma terceira vaga para o Brasil caso o país seja campeão por equipes no Campeonato Mundial da Associação Internacional de Surfe (ISA), que acontecerá no fim de fevereiro. No feminino, Tatiana Weston-Webb já tem lugar assegurado, e o Brasil pode conquistar uma segunda vaga se for campeão por equipes no Mundial da ISA, destinada à melhor surfista do país que ainda não estiver classificada.
Com mais essa conquista, o surfe brasileiro segue em alta e mostra que está cada vez mais forte e competitivo a nível mundial. Com atletas talentosos e determinados, o país confirma seu protagonismo no esporte e mantém a esperança de mais títulos nos próximos desafios.