A polícia soltou o cachorro chamado Yoda, um pastor-belga-malinois, que imobilizou o fugitivo até que os policiais se aproximassem e algemassem o brasileiro. A captura foi considerada um sucesso pelas autoridades, uma vez que Cavalcante estava armado e era considerado extremamente perigoso. Os agentes estavam autorizados a utilizar força letal caso ele não se rendesse voluntariamente, mas essa opção foi evitada graças ao uso do cão policial.
O tenente-coronel George Bivens, da Polícia Estadual da Pensilvânia, explicou que a força letal só é utilizada para evitar a fuga de um indivíduo muito perigoso, e que os cães policiais desempenham um papel fundamental nesses casos. Segundo Bivens, os K-9 são treinados para deter um indivíduo sem causar danos desnecessários, e a preferência sempre é utilizar outros meios antes de recorrer à força letal.
O cachorro Yoda, trazido pelo Serviço de Alfândegas e Proteção das Fronteiras dos Estados Unidos, foi essencial para a captura de Cavalcante. O cão o subjugou, permitindo que os policiais se aproximassem e o prendessem. Apesar de ter sofrido um pequeno ferimento por mordida, o brasileiro não causou danos a ninguém durante o confronto.
A captura de Cavalcante é um caso excepcional, uma vez que a polícia americana é considerada uma das mais violentas do mundo. Em 2022, agentes americanos mataram 1.176 pessoas, o maior número registrado desde 2013. No entanto, o número de mortes causadas pela polícia no Brasil é muito maior, chegando a 6.430 em 2021. Vale ressaltar que a polícia brasileira também sofre com a violência, com 173 policiais mortos no ano passado.
Além disso, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, a violência policial tem como vítimas majoritárias pessoas negras. Negros têm quase três vezes mais chances de serem mortos pela polícia do que brancos nos dois países.
A prisão de Danilo Cavalcante destaca a importância do uso de métodos e tecnologias não letais na atuação policial, visando a segurança tanto dos agentes quanto dos suspeitos. O cão policial Yoda mostrou sua eficácia ao imobilizar o fugitivo, garantindo a prisão sem a necessidade de uso de força letal. Esse caso exemplar pode servir de referência para outras operações policiais, promovendo uma abordagem mais segura e humana no cumprimento da lei.
