Apesar da redução em comparação com 2022, o Brasil ainda conseguiu atrair um volume de investimentos superior ao total dos anos de 2018, 2019, 2020 e 2021. Além do Brasil, o México foi o único país latino-americano a figurar entre os principais destinos de investimentos, subindo da 12ª para a 9ª colocação no ranking.
Rebeca Grynspan, secretária-geral da Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento, destacou que, apesar da queda no volume de investimentos em 2023, houve um aumento nos anúncios de novos projetos no Brasil. Isso inclui investimentos tanto no setor de minérios como na atração de indústrias de energia renovável.
De acordo com a ONU, os anúncios de grandes projetos tanto no Brasil como no Chile contribuíram para evitar uma contração ainda maior do fluxo de investimentos na América Latina. Em 2023, a região recebeu um volume de US$ 193 bilhões, o que representa uma queda de 1% em relação a 2022.
“A demanda global crescente por commodities e minerais essenciais para tecnologias de energia limpa foi o principal impulsionador dos investimentos na região nos últimos dois anos, respondendo por 23% do valor dos projetos”, afirmou a ONU. Essa participação é mais de duas vezes maior do que em outras regiões em desenvolvimento.