Em uma conversa com um amigo, surgiu a metáfora de que o Brasil está ocupado recolhendo amendoins enquanto uma manada de elefantes passa despercebida. Essa analogia ilustra a urgência de discutir políticas públicas voltadas para a preparação da mão de obra brasileira diante das mudanças iminentes no mercado de trabalho.
É fundamental reconhecer que a produtividade no Brasil já é baixa em comparação com outros países desenvolvidos, e a chegada da inteligência artificial só tende a agravar essa situação. Muitas profissões tradicionais, como a de telemarketing e motoristas de aplicativos, estão ameaçadas de extinção com o avanço da automação e dos carros autônomos.
Diante desse cenário, é essencial que a classe política brasileira se una em torno do debate sobre a empregabilidade da população no contexto da economia do futuro. Ideologias partidárias devem ser deixadas de lado em prol de um consenso sobre como preparar os brasileiros para os novos desafios que surgirão com as inovações tecnológicas.
A sociedade brasileira precisa estar ciente da magnitude das mudanças que a inteligência artificial trará para o mercado de trabalho e para a forma como exercemos as profissões. É imprescindível que o país saia da inércia e comece a debater ativamente políticas públicas que preparem os trabalhadores para esse novo cenário.
Portanto, é hora de a política brasileira abandonar os espetáculos ideológicos e se concentrar nos grandes temas que impactarão o futuro do país. O Brasil não pode mais se dar ao luxo de ignorar os elefantes que estão passando enquanto se ocupa com amendoins escassos. É preciso agir agora para garantir que o país esteja preparado para enfrentar os desafios da era da inteligência artificial.