Essa melhoria na estimativa se deve, de acordo com o FMI, ao consumo e investimentos mais fortes no primeiro semestre do ano, impulsionados por um mercado de trabalho aquecido, transferências governamentais e interrupções menores do que o previsto decorrentes das enchentes no Rio Grande do Sul.
Outros organismos também têm melhorado suas previsões para o crescimento do Brasil, refletindo uma surpresa positiva com o PIB local. Caso a projeção do FMI se concretize, o país apresentará uma leve aceleração em relação a 2023, quando cresceu 2,9%.
Porém, o Brasil ainda deverá crescer em um ritmo mais lento do que outras economias emergentes e em desenvolvimento em 2024, com uma estimativa de 4,2% de crescimento. Em relação à região da América Latina e Caribe, o Brasil deverá apresentar um crescimento acima da média, com estimativas de 2,1% e 2,5%, respectivamente.
Já para 2025, o FMI projeta uma desaceleração da economia brasileira, com um crescimento estimado em 2,2%, representando uma redução em relação à estimativa anterior. A expectativa é que a política monetária restritiva e o arrefecimento do mercado de trabalho contribuam para essa desaceleração.
Além disso, o FMI prevê uma resistência nos preços no Brasil, com o IPCA projetado em 4,3% para 2024 e 3,6% para 2025. O crescimento salarial robusto no país é apontado como um dos fatores que impedem uma desinflação mais rápida no setor de serviços.
Por fim, o FMI também destaca que as premissas de política monetária no Brasil estão alinhadas com a convergência da inflação para a meta estabelecida. Após um ciclo de redução de juros, o país está passando por um novo ciclo de aumento das taxas devido às preocupações com os preços e o cenário fiscal interno.