Brasil exclui Venezuela e Nicarágua da lista de países parceiros do Brics durante cúpula, defendendo democracia na América Latina

Durante a cúpula do Brics, realizada nesta terça-feira (23) em Kazan, na Rússia, o Brasil vetou informalmente a participação da Venezuela e Nicarágua na lista de países parceiros do bloco. A decisão foi acatada pelos demais membros do grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, gerando repercussão e comemoração por parte de alguns políticos brasileiros.

O vice-líder do PT na Câmara, deputado Reginaldo Lopes, destacou a exclusão dos países venezuelano e nicaraguense como uma demonstração do compromisso do governo brasileiro com a defesa da democracia na América Latina. Em suas redes sociais, o parlamentar afirmou que o governo de Lula está agindo em conformidade com os valores democráticos ao não incluir esses países como parceiros do Brics.

A cúpula do Brics também discutiu a expansão do bloco, com uma lista de 12 possíveis parceiros em análise. Dentre as nações cotadas estão Cuba, Bolívia, Indonésia, Malásia, Uzbequistão, Cazaquistão, Tailândia, Nigéria, Uganda, Turquia e Belarus. No entanto, o ex-chanceler e assessor internacional do presidente Lula, Celso Amorim, expressou sua preocupação com a inclusão de novos membros, ressaltando a importância de agir com cautela para não descaracterizar o Brics.

Amorim alertou que adicionar muitos países ao bloco poderia resultar na formação de um novo G-77, enfraquecendo a representatividade e a eficiência do Brics como uma entidade estratégica no cenário global. Portanto, a decisão de vetar a participação da Venezuela e Nicarágua é vista como um posicionamento do Brasil em busca de manter a coesão e os valores democráticos do grupo.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo