A precariedade da coleta de lixo, a falta de educação da população sobre a separação de resíduos e a ausência de mecanismos de incentivo, fiscalização e punição são apontados como os principais gargalos que impedem avanços na logística reversa no Brasil. Especialistas afirmam que a estruturação da coleta seletiva ainda é uma questão básica que precisa ser endereçada.
A falta de oferta de coleta seletiva porta a porta para menos de 15% da população urbana no país também é um obstáculo a ser superado. O cenário é agravado pela persistência de lixões em mais de 3 mil cidades brasileiras, demonstrando a urgência de ações para acabar com essa prática prejudicial ao meio ambiente.
Para impulsionar o sistema de logística reversa, é defendido por especialistas o uso de incentivos econômicos que estimulem a reciclagem de resíduos antes que cheguem aos aterros sanitários. Além disso, a regulação dos fabricantes para garantir a reincorporação de embalagens na cadeia produtiva também é vista como uma medida importante para fortalecer a reciclagem.
A reciclagem bem-sucedida de latas de alumínio, embalagens de aço, óleos lubrificantes e outros produtos no Brasil demonstra que existem caminhos viáveis para melhorar a gestão de resíduos no país. No entanto, é necessário que todos os setores da sociedade, incluindo consumidores, empresas e governo, atuem de forma conjunta para promover uma mudança significativa nesse cenário.
A transparência nos dados sobre reciclagem e a valorização do trabalho dos catadores também são aspectos essenciais a serem considerados para avançar na logística reversa. Com a adoção de práticas mais sustentáveis e a implementação efetiva das diretrizes da PNRS, o Brasil poderá alcançar uma gestão mais eficiente de resíduos e contribuir para a preservação do meio ambiente.
