Na América Latina, a situação é ainda mais alarmante, com 85% das mortes concentradas nesta região, totalizando 166 óbitos. No Brasil, foram contabilizados 25 assassinatos, enquanto a Colômbia liderou com 79 vítimas, o maior número já registrado em um país em um único ano.
Apesar da queda de 26% no índice de assassinatos em comparação com o ano anterior, o país ainda enfrenta desafios profundos. A expectativa era de que o governo Lula revertesse retrocessos em políticas que facilitaram a exploração dos recursos naturais durante a gestão de Jair Bolsonaro. Embora tenha havido avanços, as mudanças de políticas ainda enfrentam resistência em um Congresso conservador dominado por ruralistas.
Os dados da Comissão Pastoral da Terra apontam que os conflitos no campo no Brasil tiveram um aumento significativo em 2023, com 2.203 ocorrências, majoritariamente relacionadas a conflitos por terra. Desde 2012, foram registradas 401 mortes de defensores do meio ambiente no país, evidenciando a violência recorrente enfrentada por esses ativistas.
A Global Witness destaca que muitos dos ataques letais estão relacionados a retaliações contra defensores por governos, empresas e outros atores não estatais. A situação na Colômbia também é alarmante, com 461 mortes documentadas nos últimos 11 anos, consequência de conflitos armados e disputas de terras que afetam desproporcionalmente povos indígenas e afrodescendentes.
Diante desse cenário crítico, é fundamental que ações efetivas sejam tomadas para proteger esses defensores ambientais e garantir um ambiente seguro para aqueles que lutam pela preservação do meio ambiente e dos territórios indígenas.
