Brasil chega à COP28 com promessas de redução do desmatamento e compromisso com metas climáticas para o futuro.

Brasil chega à COP28 com otimismo e conquistas ambientais

O Brasil está marcando presença na COP28, conferência global do clima, com um sentimento de orgulho depois de anos sendo tratado como um pária devido aos problemas ambientais do governo anterior. Esta é a primeira COP oficial do governo atual, que demonstra um compromisso com as questões ambientais e climáticas. No evento, o Brasil anunciou a redução de 22,3% no desmatamento anual na Amazônia, um feito que provavelmente resultará em uma significativa redução das emissões de gases do efeito estufa em 2023. Além disso, o país também ajustou sua Contribuição Nacionalmente Determinada, desfazendo a diminuição da ambição estabelecida pelo governo anterior.

A importância do Brasil na conferência foi enfatizada pelo embaixador André Corrêa do Lago, secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Itamaraty, que o descreveu como “o paladino do 1,5ºC”. O país está buscando resgatar o compromisso com a meta de limitar o aquecimento global a 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais, como recomendado pela comunidade científica. No entanto, apesar dos avanços conquistados, o país precisa adotar uma abordagem mais consistente em relação ao desmatamento, tratando essa conquista como uma obrigação permanente, independentemente do governo em exercício.

O Brasil tem a responsabilidade de ser o guardião da maior área de florestas tropicais do planeta, e precisa garantir a preservação desse bem essencial para a regulação climática e a saúde do planeta. Nesse sentido, o lançamento do Plano de Transformação Ecológica pelo governo federal durante a conferência representa uma oportunidade para o país liderar pelo exemplo e alavancar investimentos públicos e privados para sua implementação.

Rumo à COP30 em 2025, o Brasil terá o desafio de continuar reduzindo o desmatamento e entregando resultados consistentes. A execução do plano e o fomento a novas economias compatíveis com a preservação da floresta em pé serão cruciais para a sustentabilidade a longo prazo. O país possui vantagens competitivas e recursos naturais abundantes, que podem ser explorados de forma responsável para impulsionar uma economia de baixo carbono.

No entanto, há desafios a serem enfrentados, como o lobby dos setores que se beneficiam das indústrias poluentes e a falta de um plano claro para a descontinuidade gradual do uso de combustíveis fósseis. A aposta brasileira na redução do desmatamento pode não ser suficiente para atingir as metas ambiciosas estabelecidas. Para isso, será necessário investir em inovação e apostar no futuro, em prol das futuras gerações.

A presença do Brasil na COP28 é um passo positivo em direção a um comprometimento mais sólido com a agenda climática global, mas ainda há desafios e oportunidades que o país precisa enfrentar e aproveitar para garantir um futuro sustentável para todos.

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