De acordo com a secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, embaixadora Tatiana Rosito, essa questão está sendo coordenada pela Trilha de Finanças do G20, que está em pré-negociação com representantes dos ministérios e bancos centrais. O objetivo é chegar a um consenso que permita a elaboração de uma declaração que será enviada às autoridades que participarão do encontro no final da semana.
Durante uma coletiva de imprensa, Tatiana Rosito destacou que estão sendo elaboradas três declarações formais, sendo uma delas exclusiva sobre cooperação tributária internacional, que inclui a taxação de grandes fortunas. A secretária ressaltou a importância desse tema para a presidência brasileira no G20, mencionando que tanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, têm abordado essa questão em seus discursos.
Além disso, a embaixadora afirmou que a proposta de taxação dos super-ricos é uma prioridade e que o Brasil está trabalhando para que haja um consenso em todos os temas discutidos. A ideia é que essa declaração tenha uma projeção significativa para a presidência brasileira e que seja uma iniciativa inédita na área de tributação.
Calcula-se que a taxação dos super-ricos afetaria apenas 3 mil indivíduos em todo o mundo e arrecadaria cerca de US$ 250 bilhões por ano. Tatiana Rosito expressou confiança de que as declarações serão emitidas com sucesso, citando a importância do papel diplomático do Brasil no G20.