Essa decisão marca uma colaboração entre Brasília e Buenos Aires em um momento de tensão entre os presidentes Lula (PT) e Javier Milei. Além disso, destaca os esforços do governo brasileiro para manter o diálogo com o regime de Maduro.
Os seis asilados que estão recebendo proteção do governo de Milei são integrantes da campanha de Edmundo González, ex-candidato da principal coalizão opositora à Presidência, e de María Corina Machado, uma das principais líderes da oposição na Venezuela.
Esses asilados desempenham funções relacionadas à comunicação e política internacional. Maria Corina Machado agradeceu publicamente a decisão do Brasil em proteger essas pessoas em meio à repressão do regime de Maduro.
Além disso, vale ressaltar que a ditadura venezuelana expulsou diplomatas de outros cinco países, incluindo Chile, Costa Rica, Panamá, República Dominicana e Uruguai, que contestaram a reeleição de Maduro.
Não está descartada a possibilidade de o Brasil fornecer proteção a outras representações diplomáticas na Venezuela, uma vez que é necessário garantir a segurança dos prédios e arquivos dessas embaixadas, que agora estão sem pessoal, além de continuar fornecendo serviços consulares aos cidadãos dessas nacionalidades que residem no país. Essa ação reforça o compromisso do Brasil em manter relações estáveis com seus vizinhos na América Latina.