Durante o período de 3 a 10 de novembro, Boulos fez 20 críticas à atual gestão municipal durante a crise do apagão de energia elétrica que atingiu São Paulo, afetando cerca de 2,1 milhões de moradores. As críticas de Boulos são relacionadas a obras sem licitação e ao suposto apoio de Nunes à privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), além do aumento dos índices de violência na cidade, especialmente no Centro.
Por sua vez, Nunes também utilizou as redes para atacar Boulos, acusando-o de invasões de casas e até mesmo de simpatizar com o grupo terrorista Hamas. Este embate nas redes sociais mostra a tensão da disputa, que promete ser acirrada nas eleições municipais.
Além disso, a disputa em São Paulo traz um cenário político relevante, uma vez que Boulos tem o apoio prometido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto Nunes deve contar com o suporte de Jair Bolsonaro (PL). Esta divisão política fica evidente com a última pesquisa Datafolha, que mostra Boulos com 32% das intenções de voto, seguido por Nunes, que aparece com 24%. Vale ressaltar que, a pesquisa traz duas figuras políticas de destaque no cenário nacional, o que torna a disputa ainda mais interessante.
Ademais, a presença de outros pré-candidatos na disputa também agita o cenário político de São Paulo, como Tabata Amaral (PSB-SP), que tem o apoio do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e pode ter como vice na chapa o apresentador José Luiz Datena. Além disso, Kim Kataguiri (União-SP) e Ricardo Salles (PL) também demonstram interesse na disputa, o que promete ser uma campanha acirrada entre vários candidatos com expressão política no cenário nacional.