O Parque Estadual do Cocó é o maior parque natural em área urbana do Norte e Nordeste do país, e o quarto da América Latina. Abrigando um extenso manguezal e dunas milenares, o local é uma importante área verde na capital cearense.
As equipes de bombeiros foram acionadas diversas vezes desde quarta-feira para conter o fogo, que tem sido dificultado pelo vento forte e pela vegetação difícil de acessar. Segundo a Defesa Civil, o capim seco, comum nesta época do ano, tem ajudado as chamas a se espalhar, tornando o trabalho da equipe lento e desafiador.
A fumaça causada pelo incêndio se espalhou por vários bairros da capital e regiões mais distantes, como Granja Lisboa, a cerca de 20 km de distância do parque, afetando a qualidade do ar e causando desconforto respiratório aos moradores.
A área afetada pela queimada não tinha registrado incêndios desde 2020, e a técnica do Parque Estadual do Cocó, Viviane Bezerra, destacou que este evento marca a primeira vez que um incêndio ocorre no mês de janeiro, usualmente concentrando-se no segundo semestre.
Esse episódio se insere em um contexto de aumento de queimadas em todo o Brasil. De acordo com a plataforma Monitor do Fogo do MapBiomas, mais de 17,3 milhões de hectares foram queimados no país em 2023, uma área maior do que o estado do Ceará. A região amazônica foi a mais afetada, com um aumento de 463% em relação ao ano anterior.
O governador Elmano de Freitas (PT) afirmou nas redes sociais que se determinou rigor na investigação sobre as causas do incêndio. As autoridades e equipes de bombeiros seguem trabalhando para conter as chamas e minimizar os impactos ambientais e sociais desse evento. A ocorrência de incêndios de grandes proporções em áreas naturais do país evidencia a urgência de ações de proteção e combate a incêndios florestais.