A reclamação do ex-presidente veio à tona após a exposição de estratégias das advogadas Luciana Pires e Juliana Bierrenbach para colocar os auditores responsáveis pelo relatório de inteligência financeira na mira de uma investigação interna da Receita. Bolsonaro questionou se os deputados alvo da Furna da Onça estariam trabalhando para se proteger e as advogadas afirmaram que ninguém tinha noção disso.
De acordo com Bolsonaro, Flávio seria o principal responsável na Furna da Onça, enquanto os demais estariam tranquilos. Ele ainda mencionou uma movimentação de R$ 49 milhões no gabinete do então presidente em exercício da Assembleia Legislativa do Rio na época da operação.
A declaração de Bolsonaro foi revelada em um trecho de uma gravação descoberta na Operação Última Milha, que desarticulou um grupo dentro da Agência Brasileira de Inteligência durante seu governo. Nessa gravação, o ex-presidente e o então diretor da Abin, Alexandre Ramagem, planejaram formas de dificultar a investigação sobre Flávio Bolsonaro e as ‘rachadinhas.
Após a divulgação do áudio, o assessor e advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, defendeu o ex-presidente, ressaltando seu amor pelo Brasil. As advogadas de Flávio argumentaram que o senador estava sendo alvo de uma perseguição na Receita e pediram uma apuração do Serpro para buscar provas de sua inocência.
Essa revelação trouxe à tona mais um capítulo das investigações envolvendo a família Bolsonaro e gerou debates sobre o uso da estrutura do governo para beneficiar interesses particulares. O caso segue em desenvolvimento, com desdobramentos que prometem esclarecer o envolvimento de Flávio Bolsonaro na Operação Furna da Onça.