A estratégia adotada pela extrema-direita é a de se colocar como defensora da liberdade de expressão e da democracia, enquanto joga para os opositores o desafio de provar o contrário. O ato que inicialmente tinha a intenção de fortalecer Bolsonaro e evitar sua prisão foi transformado em um evento de “defesa da democracia e da liberdade de expressão”, utilizando o nacionalismo cristão como mote para atrair multidões.
No entanto, é importante notar que essa narrativa excludente e conservadora não reflete a diversidade do país, ignorando questões como diversidade religiosa e de gênero. Enquanto os discursos progressistas buscam considerar essa pluralidade, a extrema-direita insiste em impor seu viés nacionalista cristão, heteronormativo e machista.
O nacionalismo cristão propagado por Bolsonaro e seus apoiadores não tem relação com os valores evangélicos ou com os ensinamentos bíblicos. Trata-se, na verdade, de uma visão de supremacia e força, onde a religião é utilizada como instrumento de poder político. Essa postura reforça um regime heteronormativo, moralista e masculino, como evidenciado nas declarações de figuras como Nikolas Ferreira.
Apesar da diversidade de apoiadores do presidente, a ideologia por trás de seu governo é clara: nacionalista, machista e cristã. É crucial analisar esses discursos e ações com olhar crítico, a fim de compreender os reais interesses por trás dessa “defesa da democracia” propagada pela extrema-direita.