Bolsonaristas evitam confronto aberto com governador de SP em evento com Lula e investimento bilionário na baixada santista

Na última sexta-feira (02), os bolsonaristas evitaram uma confrontação direta com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do partido Republicano. Isso ocorreu após um evento no qual o presidente Luís Inácio Lula da Silva, do PT, trocou elogios com o chefe do executivo paulista em Santos.

Em caráter reservado, aliados e deputados ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL, expressaram insatisfação com o evento no qual foi anunciada uma parceria entre o governo paulista e o governo federal para a construção de um túnel submerso que irá ligar Santos e Guarujá. Segundo eles, a atuação de Tarcísio estaria visando apenas o seu projeto de poder individual, e que esta atitude não representa a verdadeira direita.

Em momentos anteriores, Bolsonaro havia feito críticas públicas ao governador paulista, como no caso da reforma tributária. No entanto, desta vez o ex-presidente se manteve em silêncio, pelo menos até o momento.

A deputada Carla Zambelli, do PL-SP, expressou sua opinião sobre o assunto, afirmando que Tarcísio está agindo corretamente ao falar com o presidente, e defendendo algo que é importante para São Paulo. No entanto, ela ressaltou que não teria o mesmo estômago para tal atitude.

Por outro lado, integrantes do PL mais próximos de Bolsonaro minimizaram a foto registrada durante o encontro entre Tarcísio e Lula no Palácio do Planalto. Apesar das críticas da militância bolsonarista, aliados do ex-presidente acreditam que a exposição pública do governador de São Paulo é apenas um ato protocolar do cargo.

Além disso, compartilham o entendimento de que o investimento bilionário na baixada santista pode fortalecer a imagem de Tarcísio como gestor, o que o beneficiaria politicamente para a disputa eleitoral de 2026.

A atitude do governo paulista tem gerado polêmica e divisão entre os apoiadores de Bolsonaro, com opiniões divergentes sobre a postura adotada por Tarcísio de Freitas. A relação entre o governador e o ex-presidente continua sendo acompanhada de perto, já que suas atitudes políticas podem ter impacto direto nas eleições futuras.

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