Segundo o presidente do BNDES, 84% das empresas beneficiadas são micro, pequenas e médias empresas, que enfrentam dificuldades como problemas de garantia, passivo e projeto. Até o momento, foram aprovados cerca de R$ 10 bilhões em crédito para o estado, envolvendo recursos já transferidos e em processo de transferência. Além disso, houve a suspensão temporária dos pagamentos de parcelas de operações de crédito em andamento e a destinação de recursos adicionais ao fundo garantidor FGI Peac, facilitando o acesso das empresas ao financiamento.
Mercadante ressaltou que a atuação do BNDES tem sido intensa para atender às demandas do estado após a tragédia climática que assolou a região, com chuvas intensas em abril e maio deste ano. As enchentes resultaram em mais de 180 mortes, cidades submersas e mais de 600 mil desabrigados. O presidente do BNDES também enfatizou a importância das parcerias republicanas para superar as divergências políticas.
Durante a apresentação do balanço financeiro do segundo trimestre de 2024, Mercadante mencionou a cobrança pública do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ao governo federal por mais apoio ao estado. Em protesto conhecido como “tratoraço”, produtores rurais bloquearam vias de Porto Alegre em busca de recursos para o agronegócio. Leite criticou a falta de respostas do governo federal às demandas da agroindústria gaúcha.
Até o fechamento desta matéria, o governo do Rio Grande do Sul não se pronunciou sobre as declarações de Mercadante. A persistência das demandas dos produtores e a atuação do BNDES indicam a necessidade de um trabalho conjunto para a recuperação do estado após a tragédia climática e o impacto econômico causado.