O BNDES dividirá a presidência com o Banco Europeu de Investimentos (BEI), e os membros do clube são principais do G20, grupo que reúne as maiores economias mundiais, a União Europeia e a União Africana.
A formalização do BNDES como co-presidente ocorreu durante um encontro do D20 em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, em paralelo à Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP28). O banco brasileiro foi eleito por unanimidade.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que o D20 é um dos espaços mais relevantes para estratégias capazes de enfrentar a crise climática, que ele classificou como “dramática”. Os integrantes do D20 possuem perfil de financiamento de longo prazo, o que é vantajoso para empréstimos com duração de décadas, oferecendo condições estáveis para os tomadores de dinheiro.
A transição energética foi destacada como um grande desafio pelo presidente do BNDES, que enfatizou a necessidade de isso estar no topo das prioridades. A agenda de trabalho do BNDES como co-presidente priorizará articulações entre os setores público e privado para investimentos em infraestrutura e desenvolvimento de projetos que acelerem a transição para cidades inteligentes e sustentáveis.
O Brasil também assumiu a presidência do G20, que irá até 30 de novembro de 2024. Neste período, o país sediará a Cúpula do G20 em novembro do ano que vem. O presidente Lula da Silva criticou a atuação de algumas instituições financeiras, mencionando a questão do sistema de Bretton Woods, que precisa mudar sua característica e função.
Durante o mandato do BNDES como presidente do D20, estão previstas ações com a Finance in Common (Fics), rede mundial de bancos públicos de desenvolvimento. Mercadante ressaltou a importância de fortalecer o D20 e contribuir para o G20, que é o fórum mais importante de governabilidade do planeta. A atuação dos bancos internacionais também é uma preocupação do Brasil durante o período que assumiu a presidência do G20.
