Manifestantes, incluindo integrantes de movimentos estudantis e o principal sindicato dos professores de São Paulo, a Apeoesp, protestaram contra a privatização das escolas, exibindo cartazes com mensagens como “minha escola não está à venda” e “não à privatização das escolas”. No entanto, somente pessoas autorizadas puderam circular pelas proximidades da B3, onde ocorrerá o leilão dos dois lotes de escolas.
Os lotes, um com 17 escolas e outro com 16, podem ter como vencedoras duas empresas diferentes, cada uma responsável por um lote, ou uma mesma empresa pode vencer ambas as licitações e se tornar responsável pelas 33 escolas. Cada unidade escolar terá um padrão arquitetônico definido e contará com diversos espaços, como anfiteatros, laboratórios, pátios, refeitórios e quadras poliesportivas cobertas com vestiários, além de salas destinadas ao grêmio estudantil.
Educadores têm criticado a iniciativa, argumentando que a responsabilidade de gestão das escolas deve permanecer com o Estado e não ser transferida para o setor privado. No entanto, a parceria público-privada prevê que as atividades pedagógicas continuarão sob responsabilidade da Secretaria da Educação, assim como a contratação de professores.
O leilão para a parceria público-privada na construção e manutenção de escolas estaduais em São Paulo tem gerado debates e controvérsias entre os envolvidos, com manifestantes expressando sua posição contrária à privatização das escolas e educadores preocupados com a transferência de responsabilidades para o setor privado. A expectativa é que o processo de licitação e construção das escolas continue sendo acompanhado de perto pela sociedade e pelos órgãos responsáveis, visando garantir a qualidade e a eficiência do ensino público no estado de São Paulo.