Big Techs lideram compras de combustível sustentável de aviação e buscam compensar emissões de carbono. SAF representa apenas 0,1% do combustível utilizado no setor aéreo.

Nesta segunda-feira (30), a edição da newsletter FolhaMercado apresentou algumas notícias importantes no cenário econômico. A primeira delas é o interesse das grandes empresas de tecnologia em comprar combustível sustentável de aviação. A Microsoft fechou acordos para adquirir cerca de 200 milhões de litros de combustível sustentável de aviação nos próximos dez anos. Esse combustível é feito através de óleos de plantas e rejeitos orgânicos, sendo uma opção mais limpa e viável para ser utilizada nos motores de aviões. A Microsoft está buscando essa alternativa para compensar as emissões de carbono geradas pelas viagens de seus funcionários. Outras empresas como o Google e a DHL Group também estão se comprometendo a comprar créditos de combustível sustentável de aviação.

Apesar das grandes empresas estarem se envolvendo nesse mercado, o combustível sustentável de aviação ainda representa apenas 0,1% de todo o combustível usado na aviação mundial. A demanda por esse produto pode ser impulsionada através do subsídio por meio de créditos, mas a oferta ainda é um obstáculo. A construção de uma fábrica de combustível sustentável de aviação custa em torno de US$ 500 milhões e demora cerca de cinco anos. Além disso, especialistas alertam que as empresas não devem usar o combustível sustentável como uma desculpa para voar mais, mas sim reduzir as viagens aéreas de seus funcionários.

Outra notícia destacada na newsletter é a startup da semana, chamada Sanii. Essa startup, fundada neste ano, tem como objetivo prevenir doenças cognitivas e melhorar a qualidade de vida dos idosos. A empresa recebeu um aporte de R$ 8 milhões em uma rodada pré-seed liderada pela gestora Valor Capital e conta com a participação de outros 15 investidores. A Sanii oferece visitas domiciliares para idosos, com atividades e exercícios personalizados para estimular o cérebro e promover a socialização. A startup atua em bairros de São Paulo e em breve lançará um espaço físico em Higienópolis.

A newsletter também abordou a regulamentação dos “finfluencers”, influenciadores de finanças no Brasil. A Anbima, entidade autorreguladora do mercado financeiro, criou novas regras que entram em vigor a partir de 13 de novembro. Essas regras exigem que os influenciadores informem de forma clara quando um post é uma publicidade e quem é o contratante. A iniciativa foi tomada para evitar conflitos de interesses e aumentar a transparência nas publicações desses influenciadores.

Por fim, a fala do presidente Lula sobre a meta fiscal de 2024 também foi mencionada na newsletter. Lula afirmou que a meta fiscal não precisa ser zero e que não vai estabelecer uma meta que obrigue cortes nas obras prioritárias do país. Essa declaração gerou reações imediatas no mercado financeiro, com queda na Bolsa e alta no dólar. A equipe econômica está preocupada com o impacto dessa fala, pois pode desencorajar os parlamentares a votarem medidas que visam aumentar a arrecadação do governo no próximo ano.

No geral, a newsletter FolhaMercado apresentou informações relevantes sobre o interesse das grandes empresas de tecnologia em comprar combustível sustentável de aviação, a atuação da startup Sanii na prevenção de doenças cognitivas em idosos, a regulamentação dos “finfluencers” e as repercussões da fala do presidente Lula sobre a meta fiscal de 2024.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo