O Bradesco, por exemplo, deu um passo concreto nessa direção e planeja ter um fundo de ativos brasileiros listado na Bolsa de Xangai ainda este ano, provavelmente até outubro. O banco fechou um acordo com a China Universal Asset, gestora com US$ 178 bilhões em ativos sob gestão, para viabilizar essa ofensiva. Por outro lado, um fundo de índice de papéis chineses será listado na B3, abrindo oportunidades de investimento para qualquer investidor.
Já o Itaú busca colaboração com a E Fund, gestora chinesa com US$ 464 bilhões em ativos sob gestão. A parceria entre as duas instituições visa explorar diferentes formas de colaboração em múltiplas plataformas, aproveitando o potencial de cada mercado. A gestora chinesa atende desde pessoas físicas até grandes investidores institucionais, o que reforça a abrangência e a diversificação que a parceria pode trazer para ambos os lados.
Essa aproximação entre os grandes bancos brasileiros e o mercado chinês ocorre em um momento de maior interação entre os dois países. A China é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009 e, em 2023, o comércio bilateral atingiu um recorde de US$ 157 bilhões. A expectativa é de que ainda neste ano o presidente chinês, Xi Jinping, visite o Brasil para uma visita de Estado, fortalecendo os laços entre as duas economias.
Essas parcerias não só representam uma oportunidade de diversificação de investimentos para os clientes dos bancos, mas também fortalecem as relações comerciais entre o Brasil e a China. Com a internacionalização das gestoras e a abertura de novas possibilidades de investimento, tanto os investidores brasileiros quanto os chineses poderão explorar novas oportunidades e fortalecer suas carteiras de investimentos de forma estratégica e global.