Segundo a dirigente, o conselho do RBA está atento aos riscos de alta na inflação e não hesitará em elevar as taxas de juros, se necessário. Apesar de reconhecer que essa não é uma notícia popular, ela ressaltou que a alternativa de inflação persistente seria prejudicial para todos os setores da economia.
A decisão do RBA de manter a taxa de juros em 4,35% ao ano gerou surpresa entre os analistas, especialmente considerando que um corte nos juros não estava nos planos imediatos. Bullock explicou que, embora a inflação em alguns setores tenha diminuído, os preços dos serviços continuam elevados e resistentes a mudanças.
Além disso, a perspectiva de crescimento da demanda para o ano de 2025 sugere que a inflação permanecerá elevada por mais tempo, o que reforça a necessidade de medidas para conter esse cenário. O RBA não prevê que a inflação atinja a meta de 2% a 3% até o final de 2025, levando os dirigentes a considerarem a possibilidade de um novo aumento nas taxas de juros.
Diante desse contexto, as declarações de Michele Bullock reforçam a postura cautelosa do banco central australiano em relação à inflação e à política monetária. A expectativa é de que futuras decisões sejam tomadas com base na evolução dos indicadores econômicos e na busca por um equilíbrio entre o controle da inflação e o estímulo ao crescimento econômico.
Portanto, a mensagem transmitida pela presidente do RBA destaca a importância de medidas assertivas para garantir a estabilidade e o desenvolvimento sustentável da economia australiana. A vigilância e a prontidão para agir diante dos riscos de inflação são fundamentais para a construção de um cenário econômico mais favorável para todos os agentes envolvidos.