No entanto, mesmo com esse cenário conservador, a não reeleição do presidente Bolsonaro mostrou que há limites para o apoio a certas pautas. Isso indica que ainda existe espaço para debates e posicionamentos divergentes no cenário político atual. Por isso, é fundamental que as forças progressistas não se calem diante de temas que estão sendo apropriados pelo conservadorismo e pelo reacionarismo sem contestação.
É preocupante ver como pautas como segurança pública e costumes estão sendo dominadas pelas correntes mais reacionárias da sociedade, sem um contraponto efetivo das forças progressistas. A recente decisão de encerrar as licenças temporárias de presos em regime semiaberto sem um debate mais aprofundado, assim como a proposta de equiparar o aborto ao homicídio, demonstram como o conservadorismo tem avançado sem resistência.
É evidente que a omissão das forças políticas progressistas em momentos como esse é prejudicial e permite que medidas incoerentes e até mesmo injustas sejam implementadas sem questionamentos. O silêncio diante de retrocessos como a equiparação do aborto ao homicídio ou a equiparação penal de traficantes e usuários de drogas é um erro político que não pode ser justificado.
É necessário reagir e promover o debate para evitar retrocessos e garantir que a sociedade brasileira continue avançando na consolidação dos direitos humanos e da democracia. Sem a devida oposição e contestação, corremos o risco de ver leis e medidas que vão contra as conquistas sociais e democráticas sendo aprovadas sem resistência. É hora de agir e não permitir que o conservadorismo dite os rumos do país.
