A proposta do governo australiano gerou reações opostas, com defensores dos direitos digitais argumentando que essa restrição poderia levar a atividades online perigosas. A legislação proposta colocaria a Austrália entre os primeiros países do mundo a impor um limite de idade para o acesso às redes sociais.
Empresas como a Meta, dona do Facebook e Instagram, já têm uma idade mínima estabelecida em 13 anos. A Alphabet, empresa controladora do YouTube, e o TikTok ainda não se pronunciaram sobre a iniciativa do governo australiano. Vale ressaltar que a Austrália é um país altamente conectado, com a maioria de sua população participando ativamente das redes sociais.
Albanese justificou a medida durante uma investigação parlamentar sobre os impactos das redes sociais na sociedade, evidenciando relatos emocionados sobre os efeitos negativos na saúde mental dos adolescentes. No entanto, especialistas alertam que a restrição de idade pode excluir os jovens de participações saudáveis no ambiente digital, fazendo com que busquem espaços online de menor qualidade.
O Comissário de eSafety da Austrália expressou preocupações de que abordagens baseadas em restrições possam limitar o acesso dos jovens a suporte crítico, levando-os a serviços não regulamentados. A indústria de tecnologia, representada pela DIGI, também enfatizou a importância de ouvir diferentes partes interessadas ao considerar a implementação dessa restrição de idade.
Em meio a esse debate, a Austrália busca equilibrar a proteção dos jovens com a promoção de um ambiente digital saudável e seguro. A decisão final sobre a restrição de idade nas redes sociais terá impactos significativos não apenas na sociedade australiana, mas também servirá de exemplo para outros países que enfrentam desafios semelhantes relacionados ao uso das redes sociais pelos jovens.