Ausência de Haddad expõe dificuldade do PT em pensar no futuro e trabalhar em sucessor para Lula, diz colunista do UOL.

Na última semana, o Partido dos Trabalhadores (PT) realizou uma festa para comemorar seus 44 anos de existência. No entanto, a ausência do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, no evento chamou a atenção e levantou questionamentos sobre o futuro da legenda.

Segundo o colunista Josias de Souza, a falta de Haddad na celebração expõe a dificuldade do PT em pensar adiante e em trabalhar na construção de um sucessor para o ex-presidente Lula. Ele ressalta que o partido, que outrora era considerado o partido do futuro, agora se vê num cenário de fragilidade e com dificuldades em se renovar.

Ao longo dos anos, o PT passou por diversas crises, como os escândalos do mensalão e do petrolão, que marcaram negativamente sua trajetória e impactaram sua reputação. Atualmente, o partido se encontra em uma posição minoritária no Congresso, enfrentando resistência nas ruas e lidando com uma oposição agressiva representada pelo bolsonarismo.

A análise de Josias de Souza sobre a festa do PT é contundente. Ele destaca que o evento foi revelador não só pelo que foi comemorado, mas também pelas fragilidades que ficaram evidentes. A ausência de uma figura importante como Haddad ressalta a falta de um planejamento sucessório claro dentro da legenda.

Diante desse cenário, o futuro do PT parece nebuloso. A reciclagem do passado e a manutenção do foco em Lula como principal líder do partido podem não ser suficientes para garantir a relevância e a sobrevivência da legenda no longo prazo. A ausência de um planejamento estratégico para o futuro e de uma renovação interna colocam em xeque a capacidade do PT de se reinventar e de conquistar novos espaços políticos.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo