Aumentos para políticos em cidades paulistas chegam a 179%, enquanto servidores têm reajustes limitados a 8% em 2023.

Os reajustes salariais aprovados para servidores públicos em cidades paulistas neste ano geraram polêmica em relação aos aumentos concedidos a agentes políticos, incluindo prefeitos, vice-prefeitos, secretários e vereadores. De acordo com um levantamento realizado pelo Estadão, os aumentos para os agentes políticos chegaram a até 179%, enquanto os reajustes para os servidores públicos não ultrapassaram 8%.

A aprovação desses aumentos significativos para os agentes políticos foi feita visando evitar desgastes em ano eleitoral, com a maioria dos reajustes valendo para a próxima legislatura (2025-2028). Em algumas cidades, como Jundiaí e São José do Rio Preto, os reajustes para os agentes políticos foram bastante expressivos, gerando controvérsia e debates acalorados.

O aumento dos salários dos parlamentares em cidades como Jundiaí foi de 52%, enquanto em São José do Rio Preto, vereadores tiveram um aumento de 179%. Esses aumentos geraram protestos por parte dos servidores públicos, que também tiveram aumentos salariais este ano, porém em uma porcentagem bem inferior.

Especialistas em economia e políticas públicas destacam que a discrepância nos reajustes entre os agentes políticos e os servidores públicos é significativa e carece de justificativas técnicas consistentes. Além disso, a crise econômica e os impactos da pandemia de Covid-19 levantam questionamentos sobre a necessidade e a justiça desses aumentos salariais em um momento tão delicado.

Diante desse cenário, os reajustes salariais para agentes políticos em cidades paulistas têm sido alvo de críticas e questionamentos, mostrando a importância de um debate transparente e democrático sobre a remuneração dos servidores públicos e dos agentes políticos para garantir a equidade e a responsabilidade na gestão dos recursos públicos.

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