As cidades abrangidas pela Baixada Santista, como Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente, no litoral sul de São Paulo, foram as mais afetadas pelo aumento dos crimes. Os dados apontam um cenário crítico, com um aumento significativo das ocorrências de estupros, furtos em geral, homicídios consumados e tentados, latrocínios e roubos em geral.
Os quatro municípios que foram foco da Operação Escudo no ano anterior, Santos, Guarujá, São Vicente e Praia Grande, foram os mais prejudicados, com uma intensificação dos crimes violentos durante a vigência da operação. Destaca-se um aumento de 84,2% nas tentativas de homicídio e um alarmante aumento de 335% nos roubos de carga.
No entanto, vale ressaltar que, apesar de uma redução nos homicídios dolosos nos meses de agosto e setembro de 2023 em todas as cidades da região, houve um aumento significativo dos assassinatos nos meses subsequentes ao término da Operação Escudo. Isso se reflete em um aumento do número de ocorrências de furtos de veículos e roubos em geral, demonstrando a ineficácia das operações realizadas.
A Operação Escudo, realizada entre julho e setembro de 2023, que resultou em 28 mortes, não foi capaz de conter o avanço da criminalidade na região. Mesmo com um grande efetivo policial mobilizado, a violência persistiu e as taxas de criminalidade aumentaram.
Diante desses dados preocupantes, a diretora-executiva do Instituto Sou da Paz, Carolina Ricardo, ressaltou a necessidade de repensar estratégias de combate à criminalidade na Baixada Santista. A população local clama por medidas efetivas que possam trazer mais segurança e bem-estar à região.
Procurada pela imprensa, a SSP destacou a prisão de importantes lideranças do tráfico de drogas na região e a apreensão de drogas como resultados das operações realizadas. No entanto, a realidade dos números demonstra que há uma urgente necessidade de rever e fortalecer as ações de combate ao crime na Baixada Santista.
