Aumento de R$ 0,20 no preço do litro da gasolina não acompanha defasagem de R$ 0,59 apontada pela Abicom no mercado.

O aumento no preço da gasolina tem sido motivo de preocupação para os brasileiros, especialmente após um reajuste de R$ 0,20 por litro, que ainda não foi capaz de compensar a defasagem de R$ 0,59 identificada pela Abicom no início desta segunda-feira (8).

De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis, a Petrobras continua subsidiando o preço da gasolina, tornando-a mais barata para os consumidores no Brasil em comparação com o mercado internacional. No entanto, mesmo com os aumentos praticados pela estatal, a diferença ainda é significativa.

A oscilação no preço do barril de petróleo ao longo do ano, com uma alta acumulada de 16%, é apontada como um dos fatores que influenciaram os reajustes nos combustíveis. O analista Einar Rivero, da Elos Ayta, destaca a volatilidade do mercado internacional como um ponto a ser observado.

Além disso, especialistas em petróleo mencionam que a valorização do dólar em relação ao real também impactou o preço da gasolina no Brasil. A desvalorização da moeda brasileira em cerca de 12% desde o início do ano, associada às incertezas políticas e econômicas, contribui para a escalada dos preços dos combustíveis.

As críticas ao Banco Central e as dúvidas em relação ao ajuste fiscal proposto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ampliaram a instabilidade econômica e levantaram preocupações sobre a inflação. O cenário político conturbado, com os comentários do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também é apontado como um dos fatores que têm pressionado o mercado de combustíveis.

Dessa forma, a situação do preço da gasolina no Brasil se mostra como um reflexo das incertezas econômicas e políticas, com impactos diretos no bolso dos consumidores. A expectativa é que o mercado continue volátil e sujeito a novos reajustes, dependendo das condições internas e externas.

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