Adorni não forneceu detalhes específicos sobre as fraudes, mas mencionou que cerca de 25 mil pessoas que recebem a pensão continuam trabalhando e que outros 65 mil beneficiários apresentaram incompatibilidades nos requisitos para obtenção do benefício, incluindo propriedades no exterior e até mesmo aviões privados. Além disso, Adorni relatou casos extremos de fraude, como a apresentação do mesmo raio-X de ombro em 150 casos diferentes para comprovar a invalidez e até mesmo a utilização de um raio-X de um cachorro como prova em um caso.
Essas revelações vêm em um contexto político conturbado na Argentina, com o ex-presidente Alberto Fernández sendo investigado por desvio de verba pública e tendo seus bens bloqueados pela Justiça. A administração de Milei busca limpar a corrupção do sistema previdenciário, que esteve predominantemente sob governos peronistas e kirchneristas, com uma breve interrupção durante a gestão de Mauricio Macri.
A população argentina está cada vez mais atenta às ações do governo de Milei e as medidas anticorrupção estão sendo vistas com bons olhos pela população. Resta aguardar os desdobramentos dessas revelações de fraude nas pensões por invalidez e deficiência, e se o governo conseguirá efetivamente combater esses esquemas e garantir um sistema previdenciário mais justo e transparente para todos os argentinos.






