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Auditoria no sistema de pensões na Argentina revela esquema de fraudes de US$ 3,4 bilhões na gestão anterior, afirma governo Milei

O governo de Javier Milei na Argentina revelou nesta sexta-feira (19) um esquema de fraudes no sistema de pensões por invalidez e por deficiência que teria custado US$ 3,4 bilhões nos últimos anos. O porta-voz do governo, o economista Manuel Adorni, em uma entrevista coletiva matinal, explicou que houve um alto nível de descontrole nas pensões por deficiência e que, ao longo de 20 anos, o número de pensões concedidas aumentou significativamente de 79 mil para mais de 1,2 milhão.

Adorni não forneceu detalhes específicos sobre as fraudes, mas mencionou que cerca de 25 mil pessoas que recebem a pensão continuam trabalhando e que outros 65 mil beneficiários apresentaram incompatibilidades nos requisitos para obtenção do benefício, incluindo propriedades no exterior e até mesmo aviões privados. Além disso, Adorni relatou casos extremos de fraude, como a apresentação do mesmo raio-X de ombro em 150 casos diferentes para comprovar a invalidez e até mesmo a utilização de um raio-X de um cachorro como prova em um caso.

Essas revelações vêm em um contexto político conturbado na Argentina, com o ex-presidente Alberto Fernández sendo investigado por desvio de verba pública e tendo seus bens bloqueados pela Justiça. A administração de Milei busca limpar a corrupção do sistema previdenciário, que esteve predominantemente sob governos peronistas e kirchneristas, com uma breve interrupção durante a gestão de Mauricio Macri.

A população argentina está cada vez mais atenta às ações do governo de Milei e as medidas anticorrupção estão sendo vistas com bons olhos pela população. Resta aguardar os desdobramentos dessas revelações de fraude nas pensões por invalidez e deficiência, e se o governo conseguirá efetivamente combater esses esquemas e garantir um sistema previdenciário mais justo e transparente para todos os argentinos.

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