Segundo a parlamentar, estudos recentes têm apontado para o desenvolvimento de transtornos físicos e mentais em pessoas que utilizam de forma excessiva as plataformas digitais. Esses problemas seriam causados principalmente pelo compartilhamento constante de fotografias de rosto e corpo editadas, que estabelecem padrões estéticos inalcançáveis.
Entre os transtornos citados pela deputada Rosângela Moro estão o dismórfico corporal, caracterizado pela preocupação extrema com a aparência; a anorexia, a bulimia e a depressão. Além disso, ela destaca que profissionais especializados em saúde mental têm observado um aumento significativo nos casos de autoflagelação, suicídio, ansiedade e depressão entre os jovens, associados à exposição cada vez maior às redes sociais.
A preocupação com o impacto negativo das redes sociais na saúde mental das crianças e adolescentes vem crescendo nos últimos anos. Estudos apontam que o uso excessivo dessas plataformas está relacionado ao aumento do isolamento social, da insatisfação com o próprio corpo e da baixa autoestima. Além disso, os constantes comparativos com outras pessoas, a busca por aprovação e a exposição a conteúdos nocivos também contribuem para a deterioração da saúde mental dos jovens.
A audiência pública, marcada para as 10 horas no plenário 7, contará com a participação de especialistas, profissionais da saúde, representantes de organizações da sociedade civil e usuários das redes sociais. O objetivo é reunir diferentes pontos de vista e experiências para enriquecer o debate e propor soluções que possam mitigar os efeitos negativos das redes sociais na saúde dos mais jovens.
A preocupação com a saúde mental dos jovens é fundamental e a realização dessa audiência é um importante passo para conscientizar a sociedade sobre os riscos do uso excessivo das redes sociais. É fundamental que sejam promovidas políticas públicas e ações de conscientização para que os jovens possam utilizar essas plataformas de forma saudável e responsável.
