Os mitos sobre saúde sempre existiram, mas o avanço da tecnologia e das redes sociais tem ampliado consideravelmente a propagação de informações falsas e perigosas. A falta de controle sobre o conteúdo veiculado nas mídias sociais aliada ao baixo letramento científico da sociedade contribuem para a disseminação de charlatanismo e desinformação, prejudicando a saúde individual e coletiva. A pandemia de Covid-19 foi um exemplo claro desse fenômeno, com a disseminação de teorias da conspiração e fake news sobre a vacinação e o tratamento do vírus.
É fundamental que as pessoas desenvolvam senso crítico e educação midiática para navegarem de forma segura no mar de informações disponíveis na internet. Questionar a veracidade das informações, checar a credibilidade das fontes e avaliar o impacto emocional das notícias são práticas essenciais para evitar cair em armadilhas da desinformação. A desconfiança em relação a promessas de curas milagrosas e remédios miraculosos veiculados em propagandas duvidosas é uma forma de proteger a própria saúde e bem-estar.
A disseminação de informações falsas na área da saúde não prejudica apenas os indivíduos, mas também sobrecarrega o sistema público, deslegitima políticas de saúde e ameaça a credibilidade da medicina e da ciência. Portanto, é essencial que as autoridades regulatórias e a sociedade como um todo estejam atentas a essas práticas enganosas e adotem medidas para coibir a propagação da desinformação. Afinal, como diz o ditado, “quando a esmola é demais, até o santo desconfia”. E nós, como consumidores de informações, não podemos deixar de questionar aquilo que nos vendem como solução milagrosa.