Após mais de um ano e meio de negociações sem sucesso com grandes nomes da indústria como Activision, Disney, Electronic Arts e Warner Bros. Games, o Sindicato de Atores de Tela (SAG-AFTRA) decidiu que é a hora de agir. A presidente da SAG-AFTRA, Fran Drescher, famosa por sua atuação na série dos anos 1990 “The Nanny”, afirmou que não irão aceitar um contrato que permita às empresas abusar da inteligência artificial em detrimento dos membros do sindicato.
O acordo em discussão envolve cerca de 2.600 artistas que dublam vozes em videogames ou cujos movimentos físicos são gravados para criar personagens por computação. Com a crescente utilização da inteligência artificial na indústria, os artistas estão preocupados com a falta de proteções trabalhistas.
Duncan Crabtree-Ireland, negociador-chefe do sindicato, ressaltou a importância das salvaguardas para os artistas da indústria de videogames e destacou o apoio do público à greve. Os produtores, por outro lado, alegam que houve progresso nas negociações e se mostram desapontados com a decisão do sindicato de sair da mesa.
Os atores autorizaram o sindicato a entrar em greve em setembro, e as condições contratuais expiraram em novembro de 2022. Segundo Audrey Cooling, porta-voz dos produtores, a oferta atual inclui aumentos salariais históricos e proteções significativas contra a inteligência artificial, como o consentimento e compensação justa para os artistas.
A tensão entre os atores de videogames e os produtores de Hollywood continua, enquanto a greve se aproxima e as negociações seguem sem um desfecho definitivo. A indústria do entretenimento se vê diante de um impasse que coloca em evidência a importância de garantir os direitos e proteções dos artistas em meio ao avanço da tecnologia.