Existem críticas quanto ao aumento de espaço para pessoas que fogem do padrão estabelecido por Thiago Fragoso nas telas, mas é consenso que é inaceitável ver apenas atrizes negras interpretando empregadas domésticas ou atores negros no papel de traficantes. A ficção precisa refletir a realidade do Brasil e também apresentar possibilidades para um país mais diverso e inclusivo.
A Globo, uma das maiores produtoras de conteúdo do mundo, tem sido pioneira nessa mudança de paradigma, investindo em tramas diversas e abrindo espaço para novas narrativas e protagonismos. No entanto, também tem cometido erros ao forçar determinadas abordagens ou exagerar na militância, segundo críticos como Flávio Ricco.
O colunista da TV ressalta a importância do conteúdo de humor na programação televisiva e critica o medo do “politicamente correto” como um obstáculo para a criação de piadas que respeitem a diversidade. A audiência não radicalizada não apoia o ridicularização de grupos minoritários, mas valoriza o humor como forma de entretenimento.
Nesse contexto, é essencial que a indústria do entretenimento se abra para novas vozes e experiências, promovendo a equidade e a representatividade. A colaboração de artistas como Thiago Fragoso, que se sentem ameaçados pela escassez de oportunidades para o seu perfil, pode contribuir para a construção de um ambiente mais inclusivo e justo.
Em vez de apenas reclamar, aqueles que já desfrutam de privilégios devem se engajar na criação de soluções para a diversidade, enquanto aqueles que historicamente foram excluídos devem ter a chance de participar plenamente desse processo de mudança. Somente assim poderemos construir um cenário audiovisual mais representativo e respeitoso para todos os brasileiros.