Atividades do comércio varejista registram perdas em agosto, aponta IBGE; setor de materiais de construção se destaca

No mês de agosto, o comércio varejista no Brasil enfrentou desafios significativos, com sete das oito atividades pesquisadas registrando quedas nas vendas em relação a julho. Os dados são provenientes da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, os Combustíveis e lubrificantes tiveram uma leve queda de 0,2%, enquanto os Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentaram uma redução de 0,1%. Setores como Tecidos, vestuário e calçados (-0,4%), Móveis e eletrodomésticos (-1,6%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,6%) também registraram quedas em suas vendas.

Por outro lado, os Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria foram um dos poucos setores a registrar um avanço, com uma alta de 1,3% em agosto. Já nos segmentos de Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-2%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-3,9%), as vendas apresentaram quedas mais expressivas.

A análise do comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, mostra um cenário misto. Enquanto o segmento de Material de construção registrou um leve aumento de 0,3%, o setor de Veículos, motos, partes e peças teve uma queda de 5,2% em suas vendas.

É importante ressaltar que a atualização periódica da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) permite uma visão mais detalhada do desempenho do varejo ampliado, que agora inclui os dados do atacado alimentício. No entanto, a falta de uma série histórica mais extensa em relação a essa atividade ainda dificulta uma análise mais aprofundada.

Em comparação ao mesmo período do ano anterior, agosto de 2023, cinco das oito atividades do comércio varejista apresentaram crescimento nas vendas. Mesmo com desafios, como a queda de 4,6% no setor de Combustíveis e lubrificantes, outros segmentos como Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (6,1%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (15,7%) registraram altas significativas.

Portanto, a análise do desempenho do comércio varejista em agosto revela um cenário desafiador, com quedas em diversas atividades, mas também demonstra pontos de recuperação em setores específicos. A retomada econômica ainda enfrenta obstáculos, mas há sinais de crescimento em algumas áreas do varejo brasileiro.

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