De acordo com a S&P, o movimento de alta no indicador foi impulsionado por aumentos no volume de novos pedidos, levando as empresas a elevar os volumes de produção para o maior nível desde meados de 2022. A diretora associada de economia da S&P, Pollyana Lima, observou que a demanda por produtos brasileiros se recuperou em janeiro, com os pedidos às fábricas se expandindo pelo ritmo mais rápido em mais de um ano e meio, apesar do enfraquecimento persistente nos negócios de exportação. Ela também ressaltou a existência de um “excedente de capacidade” entre os produtores brasileiros de bens, uma vez que os volumes de negócios pendentes caíram ainda mais.
Lima também mencionou que as recentes tensões no Mar Vermelho representaram um obstáculo à capacidade dos fabricantes de obter insumos, embora as restrições de suprimento tenham impactado apenas os estoques das empresas, já que as pressões sobre os custos recuaram para um dos níveis mais fracos em mais de nove anos. Por outro lado, a percepção dos fabricantes para o cenário do próximo ano foi, em média, “otimista”, segundo a S&P, refletindo os efeitos do lançamento de novos produtos e investimentos, a redução das pressões sobre os preços e a queda nas taxas de juro.
Em resumo, os dados da S&P Global apontam para um cenário de recuperação da atividade industrial no Brasil, com um aumento significativo no volume de novos pedidos e na produção. Embora haja desafios em relação ao excedente de capacidade e às restrições de suprimento de insumos, as perspectivas dos fabricantes para o próximo ano são otimistas, impulsionadas pelo lançamento de novos produtos, investimentos, redução das pressões sobre os preços e queda nas taxas de juro. Este cenário sugere um ambiente favorável para a indústria nos próximos meses.