Atentado contra Trump e desaceleração da China impulsionam alta do ouro; dólar e juros limitam ganhos

O mercado de ouro fechou em alta nesta segunda-feira, 15, impulsionado por diversos fatores que trouxeram incertezas para o cenário global. Um dos principais motivos foi o atentado contra o ex-presidente americano Donald Trump, que pode impactar a corrida eleitoral nos EUA e gerar instabilidade no mercado financeiro. Além disso, a desaceleração do crescimento da China também contribuiu para a valorização do metal precioso.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para agosto fechou em alta de 0,34%, atingindo o valor de US$ 2.428,90 a onça-troy. No entanto, vale ressaltar que o metal chegou a se aproximar de renovar seu maior nível histórico, atingindo US$ 2.445 a onça-troy, mas posteriormente recuou.

Durante o pregão, os preços do ouro oscilaram bastante, refletindo diferentes fatores. A incerteza política nos EUA, intensificada pelo atentado contra Trump, e as preocupações com o crescimento econômico da China atuaram como suportes para o metal precioso, aumentando a demanda por ativos seguros, como aponta a Exness.

Por outro lado, a expectativa de que o incidente durante o comício republicano possa impulsionar a candidatura de Trump gerou um aumento nos rendimentos dos Treasuries, limitando os ganhos do ouro. A vitória do ex-presidente poderia elevar o risco fiscal dos EUA e as pressões inflacionárias, mantendo os juros monetários em níveis elevados por mais tempo, de acordo com a Avenue.

Além disso, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, expressou uma postura cautelosa em seus comentários, destacando preocupações com a questão fiscal e a persistência da inflação. Powell ressaltou que só haverá cortes nos juros quando o BC americano tiver mais confiança em uma trajetória sustentada de queda dos preços. Essas declarações aceleraram os ganhos dos rendimentos dos Treasuries e fortaleceram o dólar, que concorrem com o ouro pela demanda por segurança.

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