Ataques israelenses no Líbano atingem região cristã, matando 21 pessoas e elevando tensão na região.

Nesta segunda-feira, 14 de outubro, Israel intensificou sua campanha militar contra a milícia radical xiita Hezbollah no Líbano, com bombardeios que resultaram na morte de 21 pessoas em uma região de maioria cristã. Os israelenses, por sua vez, buscaram abrigo dos projéteis lançados em retaliação.

Os ataques aéreos atingiram a região de Aito, no norte do Líbano, mas o Exército de Israel não forneceu detalhes sobre o alvo específico do ataque. A ação ocorreu um dia após um drone do Hezbollah atacar uma base militar israelense, resultando na morte de quatro soldados e sete ficaram feridos.

Até então, os ataques israelenses no Líbano estavam concentrados no sul, leste, no Vale do Bekaa e nos subúrbios de Beirute, áreas onde a maioria da população muçulmana reside e onde o Hezbollah é mais influente. No entanto, a campanha militar agora atinge também regiões de maioria cristã, como Aito.

Videos divulgados pela mídia libanesa mostraram a devastação causada pelos bombardeios, com uma grande nuvem de fumaça se elevando da cidade, carros destruídos e socorristas buscando resgatar corpos dos escombros. O prefeito da cidade, Joseph Trad, informou que o ataque atingiu uma casa onde famílias deslocadas estavam abrigadas.

Enquanto isso, o Oriente Médio permanece em alerta máximo, aguardando uma possível retaliação de Israel ao ataque de mísseis lançado pelo Irã no início do mês. O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, prometeu continuar atacando o Hezbollah em todo o Líbano, inclusive em Beirute. O Hezbollah, por sua vez, declarou que manterá seus ataques contra Israel até que um cessar-fogo seja estabelecido na Faixa de Gaza.

Os combates também atingiram a força de paz da ONU no sul do Líbano, a Unifil, com acusações de que o Exército israelense teria ferido soldados da força de paz de forma deliberada. A situação na região permanece tensa, com o envolvimento de diversos atores e a preocupação com um possível escalonamento do conflito.

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