Os ataques aéreos atingiram a região de Aito, no norte do Líbano, mas o Exército de Israel não forneceu detalhes sobre o alvo específico do ataque. A ação ocorreu um dia após um drone do Hezbollah atacar uma base militar israelense, resultando na morte de quatro soldados e sete ficaram feridos.
Até então, os ataques israelenses no Líbano estavam concentrados no sul, leste, no Vale do Bekaa e nos subúrbios de Beirute, áreas onde a maioria da população muçulmana reside e onde o Hezbollah é mais influente. No entanto, a campanha militar agora atinge também regiões de maioria cristã, como Aito.
Videos divulgados pela mídia libanesa mostraram a devastação causada pelos bombardeios, com uma grande nuvem de fumaça se elevando da cidade, carros destruídos e socorristas buscando resgatar corpos dos escombros. O prefeito da cidade, Joseph Trad, informou que o ataque atingiu uma casa onde famílias deslocadas estavam abrigadas.
Enquanto isso, o Oriente Médio permanece em alerta máximo, aguardando uma possível retaliação de Israel ao ataque de mísseis lançado pelo Irã no início do mês. O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, prometeu continuar atacando o Hezbollah em todo o Líbano, inclusive em Beirute. O Hezbollah, por sua vez, declarou que manterá seus ataques contra Israel até que um cessar-fogo seja estabelecido na Faixa de Gaza.
Os combates também atingiram a força de paz da ONU no sul do Líbano, a Unifil, com acusações de que o Exército israelense teria ferido soldados da força de paz de forma deliberada. A situação na região permanece tensa, com o envolvimento de diversos atores e a preocupação com um possível escalonamento do conflito.