Ataques aéreos e bombardeios russos mataram seis pessoas e causaram danos significativos à infraestrutura do porto de Odesa, na Ucrânia.

Na manhã desta segunda-feira (25), autoridades ucranianas confirmaram que seis pessoas foram mortas e houve danos significativos à infraestrutura do porto de Odesa e às instalações de armazenamento de grãos, devido a ataques aéreos e bombardeios russos. Esses ataques fazem parte de uma campanha que tem como objetivo dificultar a exportação de produtos pela Ucrânia, um importante produtor de grãos.

O governador da região de Odesa, Oleh Kiper, informou que as instalações atingidas continham quase mil toneladas de grãos e que os corpos de dois homens foram encontrados sob os escombros de um armazém. Além disso, o Ministério da Energia revelou que os danos às redes elétricas resultaram na interrupção do fornecimento de energia para mais de mil consumidores na região. É importante ressaltar que essa situação é semelhante aos ataques aéreos ocorridos no último inverno, que deixaram milhões de ucranianos sem aquecimento e luz.

Além dos ataques em Odesa, outra região afetada foi Kherson, onde um homem de 73 anos e uma mulher de 70 foram mortos em um ataque aéreo separado na cidade de Beryslav. O chefe administrativo da cidade informou posteriormente que dois moradores locais morreram e outros dois ficaram feridos em um bombardeio russo. As autoridades ucranianas afirmaram que esse último ataque aéreo foi uma tentativa de retaliação após um ataque ao quartel-general da marinha russa.

A Ucrânia, por sua vez, intensificou seus ataques como parte de um contra-ataque contra a Rússia. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, anunciou que já recebeu a entrega de tanques Abrams dos Estados Unidos, que estão sendo preparados para entrar em ação. Ele expressou sua gratidão aos aliados por cumprirem os acordos e mencionou que o país está buscando novos contratos e expandindo sua geografia de suprimentos.

A situação preocupa os comerciantes globais, pois os ataques aéreos contra instalações portuárias e de grãos têm o potencial de interromper ainda mais os mercados mundiais. A Ucrânia tem buscado alternativas para transportar seus grãos, incluindo o uso do rio Danúbio, estradas e trens, além de estabelecer um “corredor humanitário” ao longo da costa do Mar Negro para o transporte de grãos para os mercados africanos e asiáticos. Os primeiros navios a utilizarem esse corredor partiram do porto de Chornomorsk na semana passada.

É importante ressaltar que informações sobre ataques aéreos realizados pelos dois lados do conflito às vezes são contraditórias e não foram mencionadas mortes nas últimas informações divulgadas pelo Ministério da Defesa da Rússia. A comunidade internacional continua acompanhando atentamente os desdobramentos desse conflito, pois as consequências podem ser significativas tanto para as relações entre a Ucrânia e a Rússia quanto para os mercados mundiais.

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