Ataques aéreos dos EUA atingem alvos da Guarda Revolucionária Iraniana no Iraque e na Síria, anunciou o Comando Militar para o Oriente Médio

Nesta sexta-feira (2), o comando militar para o Oriente Médio, Centcom, anunciou que os Estados Unidos realizaram ataques aéreos contra alvos no Iraque e na Síria pertencentes à Guarda Revolucionária Iraniana e grupos pró-iranianos. De acordo com o Centcom, mais de 125 munições de precisão foram empregadas nos ataques, que tinham como alvo centros de comando e inteligência, além de instalações de armazenamento de foguetes, mísseis e drones utilizados por milícias e forças iranianas para atacar as forças americanas e da coalizão.

Os ataques representam mais um episódio na tensa relação entre os Estados Unidos e o Irã, que se intensificou desde a saída americana do acordo nuclear de 2015 e a imposição de sanções econômicas ao país persa. A Guarda Revolucionária Iraniana, em particular, tem sido alvo constante da administração Trump, que a classifica como uma organização terrorista. Para os Estados Unidos, os ataques aéreos representam uma forma de defesa de suas forças e interesses na região, visando neutralizar potenciais ameaças advindas das milícias apoiadas pelo Irã.

Por outro lado, o ataque americano foi recebido com duras críticas por autoridades do governo iraniano, que o classificaram como um ato de agressão e violação da soberania nacional. O ministro das Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, afirmou que a ação dos Estados Unidos é uma “grave escalada” e acusou o país de estar “desesperado” devido à resistência das milícias iranianas e seus aliados na região.

A comunidade internacional observa com preocupação a escalada de tensões entre Estados Unidos e Irã, temendo que os ataques aéreos possam desencadear um ciclo perigoso de retaliações e confrontos na região do Oriente Médio. A situação deve ser discutida em diversas instâncias diplomáticas, na busca por uma solução que evite uma escalada ainda maior das hostilidades entre as partes envolvidas.

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