Repórter São Paulo – SP – Brasil

Ataques aéreos de Israel persistem na Faixa de Gaza apesar de exigência da ONU por cessar-fogo: 70 mortos registrados no enclave.

Os ataques aéreos de Israel e os confrontos com militantes do grupo islamita palestino Hamas persistiram nesta terça-feira (26) na Faixa de Gaza, mesmo após o Conselho de Segurança da ONU ter exigido um cessar-fogo imediato. O Ministério da Saúde de Gaza, sob controle do Hamas, reportou 70 mortes até o momento, incluindo 13 vítimas em ataques aéreos nas proximidades da cidade de Rafah, no extremo sul do território. Cerca de 1,5 milhão de palestinos buscam abrigo dos combates nessa região.

As Forças de Defesa de Israel emitiram alertas devido aos constantes lançamentos de foguetes por parte de militantes palestinos em Gaza. O Conselho de Segurança da ONU, em uma votação histórica, determinou um cessar-fogo imediato em Gaza, após os Estados Unidos terem abandonado a ameaça de veto, deixando Israel virtualmente isolado na comunidade internacional.

A resolução ressalta a urgência de aumentar a assistência humanitária em Gaza e proteger os civis, devido ao alto número de mortes e ao risco de fome alertado pela ONU. A votação reflete a tensão entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. O Hamas saudou a resolução e expressou disposição para troca imediata de prisioneiros com Israel.

Após meses de impasse, o Conselho de Segurança conseguiu aprovar a resolução de cessar-fogo em Gaza, algo que vinha sendo vetado anteriormente. A abstenção dos EUA marca um ponto de virada na postura em relação a Israel, refletindo a crescente frustração de Washington com as ações israelenses.

O primeiro-ministro israelense cancelou a visita de dois ministros à Casa Branca e acusou os EUA de abandonarem sua política na ONU ao se absterem na votação. Essa atitude gerou descontentamento em Washington. A votação, portanto, não apenas representa uma mudança de cenário geopolítico, mas também uma união internacional há muito tempo adiada em relação à situação na Faixa de Gaza.

Exit mobile version