A China também é um destaque no informe da ONU, denunciando a censura acadêmica em Pequim. Sete tópicos são supostamente proibidos nas universidades chinesas, incluindo a promoção da democracia constitucional ocidental, valores universais, sociedade civil, neoliberalismo, imprensa livre, “niilismo histórico” e questionamento das reformas e do socialismo no país. Além disso, temas como a autonomia do Tibete, o status de Taiwan e os protestos da Praça Tiananmen são considerados fora dos limites.
No Egito, discussões sobre sexo e religião estão restritas, assim como o envolvimento das universidades com questões sociopolíticas e econômicas. No Quênia, a questão LGBTI em sala de aula foi criminalizada, demonstrando também um cenário de restrição e censura acadêmica em relação a determinados temas.
Essas restrições levantadas pelo informe da ONU destacam a importância da liberdade acadêmica e do debate aberto e democrático dentro das universidades ao redor do mundo. A censura e a proibição de temas específicos podem limitar a expansão do conhecimento e restringir a liberdade de expressão e pensamento dos acadêmicos e estudantes, criando um ambiente de intolerância e cerceamento da diversidade de ideias.
É crucial que governos e instituições acadêmicas promovam um ambiente de liberdade e respeito à pluralidade de pensamento, garantindo assim o desenvolvimento de uma sociedade aberta e democrática, onde o debate e a reflexão crítica sejam incentivados e protegidos.