Para os astrônomos, observar estrelas individuais em galáxias distantes é considerado um grande feito e algo “quase como um milagre”, segundo Haojing Yan, astrônomo da Universidade do Missouri. O telescópio James Webb possibilitou a detecção dessas estrelas distantes, antes consideradas uma raridade.
Além do aglomerado Árvore de Natal, também foi divulgada a imagem de Cassiopeia A, os restos de uma estrela que explodiu há 340 anos. A nova visão infravermelha do Webb ofereceu um retrato melhor desse remanescente de supernova. A Nasa destacou que as estruturas cor-de-rosa e laranja, envoltas em material esfumaçado contra um fundo brilhante de estrelas, assemelham-se a um enfeite pendurado em um galho de árvore.
A detecção de estrelas distantes e os estudos sobre os remanescentes de supernova como Cassiopeia A têm um caráter científico importante. Os dados dessas observações auxiliam os astrônomos a comparar a composição de vizinhanças galácticas antigas com as mais próximas da Terra, e a entender como nosso Sistema Solar se encaixa no círculo cósmico da vida.
Não é a primeira vez que os astrônomos encontram o espírito natalino no espaço. Em 2008, o Observatório Europeu do Sul compartilhou uma imagem de um aglomerado de estrelas semelhante a enfeites brilhantes de Natal. O Telescópio Espacial Hubble também participou da celebração, divulgando imagens de uma bolha vermelha que parecia um enfeite flutuando entre as estrelas em 2010, e um ano depois, lançou uma imagem deslumbrante de um anjo de neve cósmico.
Assim, é possível observar que para os astrônomos, o espírito natalino chega mais cedo com a descoberta e observação de fenômenos cósmicos que ocorrem a anos-luz da Terra. O universo oferece um presente que continua dando, como é o caso do telescópio James Webb, que traz novas descobertas e imagens incríveis para a ciência e para os entusiastas da astronomia.