Em comunicado à imprensa, a empresa destacou o desenvolvimento de múltiplas vacinas contra diferentes variantes do vírus e a disponibilidade de um excedente de imunizantes atualizados no mercado. Esses fatores levaram a uma redução na demanda pela vacina da AstraZeneca, o que resultou na decisão de interromper sua produção e distribuição.
A farmacêutica afirmou ainda que está em contato com órgãos reguladores e parceiros para alinhar os próximos passos no combate à pandemia. Segundo estimativas independentes, mais de 6,5 milhões de vidas foram salvas no primeiro ano de utilização da vacina, com mais de 3 bilhões de doses distribuídas em todo o mundo.
No início do mês, surgiram informações sobre possíveis efeitos colaterais raros da vacina da AstraZeneca, o que levou o Ministério da Saúde brasileiro a se manifestar sobre a segurança do imunizante. Grupos antivacina disseminaram conteúdos enganosos relacionados a um evento adverso muito raro conhecido como Síndrome de Trombose com Trombocitopenia, que foi identificado em casos isolados após a administração da vacina.
A Agência Europeia de Medicamentos considerou esses eventos como efeitos colaterais muito raros, enquanto a Fiocruz, que produz a vacina no Brasil, ressaltou a extrema raridade desses efeitos e sua possível associação a fatores individuais de risco. O Ministério da Saúde reforçou que o risco de trombose associado à Covid-19 é significativamente maior do que aquele relacionado à vacinação.
Até o momento, a Fiocruz não possui informações sobre a decisão da AstraZeneca de interromper a produção da vacina. A notícia levanta questionamentos sobre o impacto dessa decisão nas estratégias de imunização ao redor do mundo e reforça a importância da transparência e comunicação eficaz no contexto da vacinação contra a Covid-19.
